O problema dos dias de hoje é que já não estamos interessados em ouvir ninguém e, portanto, já não há ninguém disponível para nos ouvir. Saímos, então, nos expressando superficialmente nas redes sociais, e tendo a falsa sensação de estarmos sendo ouvidos, quando na verdade, não estamos. Aquilo que realmente queremos dizer passou longe do que realmente escrevemos, e nossa sensação de engasgo aumenta a cada dia.
Ninguém nos conhece bem, nem sequer nós mesmos: se nada falamos, perdemos a chance de nos descobrirmos, de transformarmos em verbo e analisarmos aquilo que sentimos.
A superficialidade e a efemeridade das relações (reforçadas pelas redes sociais) é que são o verdadeiro mal do século.