Difícil falar com ela quando está assim. Fica cheia de dedos, desconfiada. Fica falante e desconexa, sempre que está tentando fazer sentido – e só tenta fazer sentido nestas horas – e possessiva.
Fica acuada, fica mordida, fica tão, tão... feminina. Fútil, agressiva, chorosa, falante, voraz, desistente. Não definitivamente não é o normal.
Querem saber? É puro ciúmes. Não de algo ou alguém, especificamente. Fica assim tão somente pelas sensações análogas ao ciúmes (de perda ou prejuízo, similares às de um namoro arruinado) provenientes da privação de sua liberdade. Uma águia deveria sentir-se assim, caso cortassem suas asas, pensa. Ciumenta dos ventos que passam por ela e não a podem levar, dos outros pássaros que voam, livremente sobre sua cabeça, a afrontá-la. Ciumenta, agredida. E, quanto mais se bater para voar, mais balbúrdia vai fazer, perderá a compostura e menos águia será, conquanto sua imponência tenha sido o que lhe restou de águia.
Sensações e expressões nada coerentes, nada construtivas, nada de nada.
E, de tanto nadar (vai ver é isto) virou um peixe.
Fica acuada, fica mordida, fica tão, tão... feminina. Fútil, agressiva, chorosa, falante, voraz, desistente. Não definitivamente não é o normal.
Querem saber? É puro ciúmes. Não de algo ou alguém, especificamente. Fica assim tão somente pelas sensações análogas ao ciúmes (de perda ou prejuízo, similares às de um namoro arruinado) provenientes da privação de sua liberdade. Uma águia deveria sentir-se assim, caso cortassem suas asas, pensa. Ciumenta dos ventos que passam por ela e não a podem levar, dos outros pássaros que voam, livremente sobre sua cabeça, a afrontá-la. Ciumenta, agredida. E, quanto mais se bater para voar, mais balbúrdia vai fazer, perderá a compostura e menos águia será, conquanto sua imponência tenha sido o que lhe restou de águia.
Sensações e expressões nada coerentes, nada construtivas, nada de nada.
E, de tanto nadar (vai ver é isto) virou um peixe.