"Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo. Se a boca se cala, falam as pontas dos dedos..."(Freud)

sábado, 17 de outubro de 2009

Conversa em branco

Queria muito que a distância não houvesse, que a internet ou a falta dela não me limitasse. Mas penso que isto é o que vai acabar salvando tudo.
Queria também, não ter a cabeça cheia de idéias e a alma de desejos, não ter tantas alternativas e possibilidades, não ter nada além de uma única saída. Não ter que pensar sobre as minhas escolhas, uma vez que elas estivessem feitas.
Não ser tão complicada e tão reativa. Não ficar insegura quando algo se modifica ou desaparece. Não precisar tanto de coisas nunca tive.
E nem sei se terei.
Queria ser mais adulta, e não ser tão adulta assim.
Queria correr pro final da história, e descobrir o fim.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Feliz dia do Encorajador!

"Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música não começaria com partituras, notas e pautas. Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos que fazem a música. Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas. Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes".

(Rubem Alves)

Um feliz dia a todos os educadores. Que a alma de Rubem Alves esteja conosco - sim, também eu me coloco neste desejo de sabedoria. Porque, ainda que não seja como professora diplomada, uma vez que mudei o rumo da minha vida e troquei espero viver por toda a minha vida como um "anjo engravidante"*, a semear o desejo, a curiosidade e a descoberta.
Que tenhamos eternamente a vontade de incentivar a auto-construção, na mesma medida em que a desejamos e buscamos para nós mesmos.


* (Rubem Alves, "Entre a Ciência e a Sapiência".  Editora: Loyola, 2002)

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

CDF.. Só se o "F" for de feliz


   Algumas vezes já me perguntaram qual o "segredo" para ir sempre ir bem na faculdade, o "truque" das minhas boas notas (a maioria, pais e mães). Impossível não recorrer ao óbvio - estudo e dedicação. O principal de tudo é querer aprender, encarar cada trabalho e tudo o mais o que acontece na vida (dentro e fora do campus) como fonte de aprendizado e crescimento e nunca dar-se por satisfeito com a nota média, jamais se conformar em ser mais um. Em tom de brincadeira digo que "sobreviver" ao final do semestre é para os fracos. 
    Pensando sobre o assunto percebi que, além da fórmula conhecida, o macete principal tem sido respeitar a mim mesma: minha alma, meus desejos e capacidade física e mental. Sou do tipo de pessoa que necessita de ambiente visual para ser feliz. Nem o melhor trabalho do mundo poderia me satisfazer plenamente se eu tivesse que passar todos os dias, o dia todo, em uma sala escura e fechada. 
   Se há algo que me tenha feito falta, nos anos em que estive em outra instituição de ensino, foi o campus. A estrutura da UCS (por mais que pudesse ser melhor em muitos aspectos, em especial, tecnologia) não tem comparação em termos de espaços e arquitetura.
   É de pequenos momentos que minha vida universitária é feita. Além do meu amor pelo conhecimento em si, que me move e motiva a participar das aulas com mais vontade do que é comum à maioria dos estudantes universitários da minha faixa etária, são os momentos agradáveis e o contato com a natureza antes e depois de cada aula que permitem que eu tenha vontade e disposição para enfrentar até três aulas seguidas.
   Entre uma aula e outra, tomar um café em um dos diversos bares e cafeterias da UCS, em companhia dos melhores [futuros] jornalistas e publicitários que já conheci, ou então circular, entre um bloco e outro. Sentar na grama, nas cercanias do CETEL ou realizar nossa histórica "farofada" semestral entre a biblioteca e os fundos do centro de convivência, ao lado de um dos laguinhos (repleto de tartaruguinhas) da UCS. Ler um bom livro ao na escada ao lado da cascatinha do centro cívico. 


Não é a escalada em si. São os morangos do caminho. 
Igualmente óbvio, mas este é o segredo.