"Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo. Se a boca se cala, falam as pontas dos dedos..."(Freud)

domingo, 12 de março de 2006

Interações...(título provisório)

Todas as pessoas têm amigos, até mesmo aquelas que nunca imaginamos interagindo socialmente. Mesmo os CDF’s, (sim, até nós! Digo, eles, eles...) interagem – entre si, somente, na maioria das vezes – mas interagem. E o fato de todas as pessoas estabelecerem contatos com outras, que estabelecem contatos com outras ainda, e cosi via, me parece um grande problema...
Não pretendo que as pessoas parem de falar (totalmente) umas com as outras. Mas parei para pensar (quem puder ou conseguir, faça o mesmo) em que implica este convívio com nossos “semelhantes”. A princípio, temos amigos que nos divertem, nos consolam, nos auxiliam e – o pior de tudo – aconselham. É sutil a forma com que nos influenciam e nos modificam. Os deslumbrados (do tipo “oba, tenho amigos! E muitos! Estourei um perfil no orkut!”) são os que têm menos chance de perceber. Mas prestem atenção...
O estado natural de todas as pessoas deveria ser o silêncio. Partindo do silêncio, falariam somente quando o que dizem fosse tanto ou mais agradável que o silêncio, ou então, quando fosse necessário. (Sim, de todos os péssimos exemplos que eu poderia dar, sou o pior e mais tagarela. Mas ainda tenho cura, visto que percebi. Ademais, vivemos no país do “faça o que eu digo, não o que faço”). Por que cargas d’água nossos queridos amigos nos tentam fazer rir e falar o tempo todo?!?!?! Não rir de nada é sem sentido, pessoas sérias demais são amargas. Por outro lado, pessoas que riem de tudo são ridículas, pior que isto: são vazias. Todo mundo precisa ficar quieto por um tempo, é fútil tentar fazer as pessoas rirem o tempo todo, para manter uma falsa impressão de felicidade geral. Moral da história um: amigo não é aquele que te mantém sorrindo, mas é aquele que, se não entende, ao menos respeita a tua tristeza (ou seriedade). Não precisa ficar sério junto (e nem deve), mas, assim como não adota o teu estado de espírito, não deve te arrastar para o dele.
Há também aqueles casos onde o teu amigo te dá dicas e conselhos de como se vestir, como se portar, o que ler, o que ouvir o que fazer... Mesmo que não diga, apenas o fato de saírem muito juntos, faz com que um (em raros casos os dois) absorvam as preferências do outro por “osmose”. Aos poucos, vamos nos modificando, absorvendo e adotando seus gostos e preferências, e, como acontece em qualquer tipo de interação social, vamos nos tornando cada vez mais parecidos com ele, e cada vez menos com nós mesmos... Por fim, acabamos tomando por nossos, traços da personalidade de outras pessoas, e fazendo (ou deixando de fazer) coisas que, em condições normais faríamos (ou deixaríamos de fazer).Tem muito a ver com aquela “busca por aceitação” em um determinado grupo, que é encontrada com maior incidência quanto menor for a idade do indivíduo. Não é à toa que a maioria das pessoas entra em crise de “quem sou eu” o tempo todo... Moral da história dois: convivência freqüente e amigos muito próximos representam um grande risco à originalidade pessoal.
Posso ser considerada louca por algum hegeliano de passagem por aqui, pelo fato de defender com tanta veemência o isolamento individual... Mas loucura, para mim, é manter, durante tanto tempo, contatos duradouros com pessoas que acrescentam muito pouco de agradável às nossas experiências, e, conseqüentemente, á forma como passamos a ver o mundo, pelo contrário: obrigam-nos a exercitar aquela virtude dos acomodados, a tal “paciência”...

Pura rabugice? Pode ser. Mas pelo menos é minha...

Uma noite longa, pra uma vida curta...

Fugir de interações sociais... esse é o lema. Mentiras e amizade... esse é o motivo. Um show interminável, músicas cobertas de significado, cantadas para milhares de vidas, em sua grande maioria sem significado algum. Qual o objetivo de ver tanta gente? De ser visto? De cumprimentar, conversar e interagir? Nenhum. Então, por que continuar?
Tive um certo tempo de vida perdido nisso. Comparado a toda uma vida, esse tempo foi relativamente curto, mas em que se resume o tempo? Em frações menores. Um mês, divide-se em dias... e cada dia perdido não deve ser visto isoladamente, mas sim, como parte desse mês... tic, tac, tic, tac... tempo perdido.
Noites, a princípio curtas,mas que com o passar do tempo foram se tornado intermináveis. Maldito “mais um”!
Em outros dias (e noites) quis estar perto das pessoas que me alegravam, me faziam sorrir. De repente, uma história cheia de impasses, mentiras e orgulho envolve a todos. Decido que a verdade, desde o início, me manteria sã. Decido não enganar, nem mentir, nem trair, mas com o passar do tempo, já não entendo o que acontece, não sei em quem acredito. Confio e sou traída, confiam em mim, e traio. Por que razão? Com que motivo? Ego. Orgulho. Não meus, diga-se desde o início.
Mas pensando bem agora... pouco importa isso tudo. Serão somente lembranças, algumas a mais, em meio a tantas outras. É este tipo de experiência que nos faz crescer, amadurecer, que faz com que nos tornemos pessoas mais experientes, velhas e chatas. Agora entendo que a idade realmente está no espírito: cada experiência dolorida acrescenta alguns anos à nossa vida, à nossa mente, à nossa forma de agir, e sobretudo, de pensar. Então, por hora, isto é tudo o que eu e meus oitenta anos temos a dizer.
Boa noite, meus filhos...

About Me

Uns dizem que sou doida... Outros também. Sou uma menina que não acredita em bruxas, mesmo sendo uma delas. Sou suficientemente esperta para perceber o que as pessoas pensam, e suficientemente ingênua para acreditar que as pessoas se importam comigo, enquanto fazem coisas que me magoam... Já errei algumas vezes, e busco admitir sempre, embora às vezes, não tenha coragem para encarar todos os problemas logo de cara (mas mesmo assim sou sempre obrigada a fazê-lo). Quando gosto, gosto intensamente, mesmo que isso me custe algumas desilusões (não estou necessariamente falando de affairs). Faço muitas renúncias quando é para o bem de alguém, mesmo que esse alguém não esteja pensando necessariamente no meu bem... Ah, e vou custar a acreditar quando alguém disser que sou especial... Aliás, vou fugir dessa pessoa com quantas pernas me restarem...
Hum, que primeiro parágrafo desiludido! Comecei meio mal, né? Deixei que um mau-humor momentâneo dominasse o texto... mas vamos adiante... Vou testar minha capacidade não deletando isso e tentando mudar essa primeira imagem.
O que mais posso dizer? Deixem-me ver... Sinto muito sono quando faço alguma coisa que não gosto ou não quero fazer, não é má vontade (na maioria das vezes, pelo menos). Aliás, sinto sono sempre que estou acordada.
Ah, pra quem me conhece pelo menos um pouquinho, nem preciso falar que a-d-o-r-o livros, não consigo ficar sem ler alguma coisa mais de um ou dois dias. Leio até rótulo de shampoo no banho... (xampu é uma palavra muito feia). Considero que alterar uma única letra muda toda a palavra e o que ela transmite ao leitor (Kassandra e Cassandra são duas pessoas completamente diferentes pra mim). Por isso odeio a maioria das palavras aportuguesadas (será que essa palavra existe?)... também as odeio porque me parecem “teorias açucarônicas” se confirmando... A palavra “leiaute”, por exemplo, foi um choque muito grande pra mim... Posso dizer que ainda não me recuperei do mau-humor que esta alteração me causou...humpf! Ainda sobre livros, sempre carrego um junto, e não é pra manter a fama de menina inteligente. Simplesmente tenho medo de ficar sem um livro na hora em que tiver vontade (ou oportunidade) de ler. Amo comprar livros, se forem usados então...hummmm... Sentir aquele cheirinho, folhar os livros ao léu, ler um pedaço pra ver se a “atmosfera” do livro é boa...
E por falar em “manter a fama de menina inteligente”, não posso esquecer de escrever aqui que continuo sem entender de onde ela vem. Talvez seja do hábito da leitura (que é um vício, como chocolate ou qualquer outro), ou da mania de corrigir os erros de português das outras pessoas. Sou simplesmente viciada e chata, isso não me faz inteligente. Aliás, adoro corrigir os outros, mas não entendo nada de português, sei se está certo ou errado, mas raramente sei o porquê (nem imagino o que seja um verbo transitivo direto ou indireto, ou sei-lá-o-quê). Bem como não imagino o que seja um logaritmo (juro!), o que não me impediu de passar em segundo lugar no vestibular e cursar faculdade de Matemática (hehehehe... imaginem o nível do resto dos candidatos – se tu eras um deles, foi mal...). A fama de inteligente espanta os meninos, sabiam? Sendo assim, ando a cultivar minha futilidade, há tanto esquecida na esfera subliminar da minha consciência, donde tento fazê-la ressurgir... hehehe...
Tenho a mania de apertar a caps sem querer... Tentem não se irritar com isso...
Acredito em Deus profundamente, tive grandes motivos para isto.
Tenho manias esquisitas (quem não tem?). Bah, não consigo pensar em nenhuma agora... mas até o fim do texto, prometo que escrevo alguma.
Adoro poesias. Mas não toda e qualquer poesia, indiscriminadamente. Tenho autores que amo, outros que aturo, e uns que detesto, bem como os que não entendo, e, por isso, não fedem nem cheiram...
Tenho muitas idéias, alguns planos, poucas metas e raríssimas conquistas que tenham nascido de mim em forma de idéias, virado planos... e cosi via. Neste momento estou escrevendo um texto completamente desconexo e cheio de erros, (imagem) que com certeza vou reler no final e achar um lixo. Odeio ervilhas, mas como por educação (sabe quando tem molho de ervilhas na casa de uma pessoa, e sou convidada? Eu é que não vou tirar bolinha por bolinha e botar no cantinho do prato... coisa feia... imagina a cara do anfitrião). Peixes são fantásticos, quando vivos, nadando e longe de mim. Alfaces são amigas, não comida, mas às vezes, sinto vontade de comer uma bacia delas...
Adoro escrever, principalmente se for engraçado. Adoro ler o que o Pedro escreve, mesmo que não seja pra mim (snif...). Tenho mania de ouvir tudo o que ele me diz: estou até pensando seriamente em ter um gato... (isso, Pedro, ri bastante).
Ah, as manias estranhas. Vou ter que pedir ajuda pra Carol...vejamos... Tenho mania de pôr os rolinhos de dentro do papel higiênico para reciclar. Mania de deixar o celular despertar sete vezes antes de levantar. De aprender palavras estranhas (e tentar usá-las – pobres dos meus amigos...). De pôr as canetas de ponta para cima no porta-canetas. De me enroscar nas cobertas para dormir. De só dormir de barriga para baixo. Tá bom assim, já chega.
Odeio gente burra, odeio Gugu, Globo, Sbt, Record, Televisão em geral... detesto Big Brother... Mas acabei de parar de escrever para ir ver quem foi eliminado (obaaaaa, foi a Lea...). Sou extremamente contraditória (será?). Amo reticências, parênteses (será??). Acho engraçado quando dizem “asterístico”, odeio quando pedem se dá pra “mim fazer” (ui, doeu escrever isso). Odeio esquecer o que eu ia dizer (isso aconteceu dezenas de vezes até aqui), odeio que me interrompam.
Putz, uma ironia: acabaram de me interromper. Conseqüentemente, esqueci o que eu ia dizer...
Bem, bem... Sou intempestiva, chata e adoro atenção. Adoro elogios, mas ainda não aprendi a lidar com eles. Adoro presentes, aaaamooooo ursinhos de pelúcia (um dos meus traumas foi não ter ganhado nenhum do ex-amor da minha vida... snif). Sou um pouco controversa e imatura quando fico nervosa, mas ultimamente, estou aprendendo a me controlar a tempo. Odeio calor, prefiro frio. Ah, vai dizer que o inverno não é melhor em tudo? Cobertor, filminho, pipoca, pé gelado, pé quentinho... Adoro lancy, meu chocolate favorito; Laka ocupa o segundo lugar no podium. Amo blusas e jaquetas com listinhas nas mangas, amo golas enormes e capuz. Sou muito comilona: na última vez que fomos à pizzaria, a Gaby (nossa recordista, ganha até dos meninos) perdeu: 14 x 11. Viva eu!
Esqueço tudo, tenho que anotar pra não esquecer (viva meu bloquinho verde!). Odeio situações embaraçosas, odeio me sentir deslocada, adoro gente inteligente, com boa percepção (vulgo “sefragol”) e atitude (obrigada, Gian e Pri!). Gosto de atenção, adoro e-mails freqüentes (Gracias, Gu!). Não gosto de usar verde, nunca tinha usado até entrar na CDL (onde, para quem não sabe, o uniforme é verde! Que sorte a minha, não?). Ultimamente estou me habituando à cor, e, daqui a um tempo, não vou me surpreender se acontecer como o rosa: do ódio ao amor total.
Tenho tido tantas mudanças, tenho vivido e aturado tantas coisas diferentes, que ficou difícil definir quem eu sou... Isso é bom, não gosto de pessoas imutáveis. Costumo voltar atrás sim, não tenho compromisso com o erro (nossa, que frase de agenda escolar! Não é minha, alguém deve ter perdido por aí, e eu juntei sem querer...).
Gosto de pepino, mas a Karina gosta mais. Adoro porquinhos cor-de-rosa, mas a Jane adora mais que eu. Odeio (odeio muuuuuuuito) quem joga lixo na rua. Se fizer isso perto de mim em um dos não raros momentos em que meu humor está péssimo, corre o risco de passar vergonha.
Adoro chuva, (tomar um banho de chuva, banho de chuvaaaa...hehehehe). E que mania as pessoas têm de ficar chamando cheiro de chuva de “cheiro de terra molhada”. Moro na cidade, só vejo e só sinto cheiro de calçada molhada quando chove.
A esmagadora maioria das pessoas que conheço chamam de falsidade o ato de conversar, interagir com alguém a quem se quer torcer o pescoço até separar a cabeça do resto do corpo. Eu também achava que era assim, mas agora começo a perceber outros nomes (conseqüentemente, novos significados) para isto. Posso chamar de civilidade, de maturidade, de convivência em sociedade. Não devemos virar o rosto para essa pessoa, muitas vezes precisamos vê-la todos os fins-de-semana... Ele inventou milhares de mentiras a teu respeito? Difamou-te para os teus amigos? Problema é dele. Não permita que ele te diminua, fazendo com que sintas ódio dele. Se fizeres isto, o ambiente ficará pesado para ti, e para as outras pessoas que estiverem por perto. Isso estraga tudo! Melhor é viver em paz. Por fim, não sou ingênua a ponto de acreditar que alguém vá ler isto aqui até o final (exceto Pedro, Leandro e Gustavo – obrigada, queridos!). Se mais alguém que não estes chegarem a ler (tudo), deixem um scrap (ou comentário, se for no blog), que eu vou ficar bem feliz... Ah, meu blog: muitas besteiras escritas, mas ao menos dá pra ter uma noção de como eu sou maluca...
Muito atenciosamente, Bruna Moreira.
Post Scriptum: Realmente, reli e no final achei um lixo. Mas postei.