"Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo. Se a boca se cala, falam as pontas dos dedos..."(Freud)

domingo, 12 de março de 2006

Uma noite longa, pra uma vida curta...

Fugir de interações sociais... esse é o lema. Mentiras e amizade... esse é o motivo. Um show interminável, músicas cobertas de significado, cantadas para milhares de vidas, em sua grande maioria sem significado algum. Qual o objetivo de ver tanta gente? De ser visto? De cumprimentar, conversar e interagir? Nenhum. Então, por que continuar?
Tive um certo tempo de vida perdido nisso. Comparado a toda uma vida, esse tempo foi relativamente curto, mas em que se resume o tempo? Em frações menores. Um mês, divide-se em dias... e cada dia perdido não deve ser visto isoladamente, mas sim, como parte desse mês... tic, tac, tic, tac... tempo perdido.
Noites, a princípio curtas,mas que com o passar do tempo foram se tornado intermináveis. Maldito “mais um”!
Em outros dias (e noites) quis estar perto das pessoas que me alegravam, me faziam sorrir. De repente, uma história cheia de impasses, mentiras e orgulho envolve a todos. Decido que a verdade, desde o início, me manteria sã. Decido não enganar, nem mentir, nem trair, mas com o passar do tempo, já não entendo o que acontece, não sei em quem acredito. Confio e sou traída, confiam em mim, e traio. Por que razão? Com que motivo? Ego. Orgulho. Não meus, diga-se desde o início.
Mas pensando bem agora... pouco importa isso tudo. Serão somente lembranças, algumas a mais, em meio a tantas outras. É este tipo de experiência que nos faz crescer, amadurecer, que faz com que nos tornemos pessoas mais experientes, velhas e chatas. Agora entendo que a idade realmente está no espírito: cada experiência dolorida acrescenta alguns anos à nossa vida, à nossa mente, à nossa forma de agir, e sobretudo, de pensar. Então, por hora, isto é tudo o que eu e meus oitenta anos temos a dizer.
Boa noite, meus filhos...

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