"Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo. Se a boca se cala, falam as pontas dos dedos..."(Freud)

domingo, 10 de janeiro de 2010

Viagem, poema antigo

A luz que vi em teus olhos
refletida na lágrima tua
quando eu disse pra olhares a lua
será minha última imagem
antes da tua partida
rumo à amarga viagem
que vazios deixou os meus braços
pendendo tolos, inermes,
inúteis sem teus abraços.
Inúteis como minha voz,
no vácuo, onde o som não se ouve;
inúteis como a foz
de um rio, onde água não corre;
tolos, como a poesia
que nestas palavras morre;
tolos como o poeta
que, estando coberto de dor,
imita sua poesia
e há tempos morre de amor.


Escrito em 25/11/2003.

Um comentário:

Memória, ficção, cultura de São Paulo disse...

Oi Bruna deixo o meu blog que acho que você vai gostar. obrigado, um abraço.