"Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo. Se a boca se cala, falam as pontas dos dedos..."(Freud)

quinta-feira, 8 de março de 2007

Inércia

Ops, acho que acabo de desperdiçar um título promissor. Mas por que eu comecei pelo título, se o título deve ser a última coisa a ser escrita? Ora, porque não tenho o hábito de fazer as coisas da forma convencional. Não é que eu queira ser “do contra”, mas é que este é um hábito que já me é pertinente.
Pois bem, falo da inércia por que estava com vontade de escrever, mas sem saber por onde começar, então, apenas comecei. Desta vez pretendo um assunto novo, porque acho que já chega de escrever o epitáfio do meu amor...
Quem gosta de escrever, geralmente precisa que o que se escreve seja definitivo e claro, que seja algo inteligível (mas não de todo... sem subjetividade perde a graça...) e agradável, para que seja divertido a quem quer que o leia. No meu caso, esta passou a ser uma necessidade vigente desde o advento do blog; antes disto, apenas escrevia pelos motivos de Clarice Lispector, por ser a escrita um vício penoso, que no fim das contas é uma salvação, pois salva a alma presa e o dia que não se entende, a menos que se escreva...
“Quando não se tem mais nada, não se perde nada...” (Mantra – Nando Reis). Já me sinto livre de certos receios, de certos medos que sustentar algum estereótipo (ou vários) traz. Talvez esta “liberdade” seja o que me impede de escrever com maior freqüência. Muitos dos que anteriormente seriam promissores motivos para um texto já passam por mim sem que eu os perceba, ou melhor, sem me tocar com força suficiente para que eu sinta a necessidade de extravasar meu interior. Talvez esta recente inexorabilidade faça parte da minha própria evolução, assim como sua perda fez parte da evolução de um menino “conclusivo” (link).
A despeito da escassez de razões para escrever, a necessidade de me expressar “.doc” ainda vigora. Pois então, resolvi escrever sobre escrever, e apenas uma coisa separa meu texto, que já há alguns dias espera que eu pare de abri-lo para fechá-lo em seguida, de sua conclusão: um final, no mínimo, conclusivo.
... Que tal “fim”?

Um comentário:

Então...Amanda disse...

Desperdício de título? Qual nada. Neste caso, a "desordem dos fatores" colaboraram para o resultado que ficou fantastic. E, para concluír... Fim. (hehehe).
Bjokas