"Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo. Se a boca se cala, falam as pontas dos dedos..."(Freud)

quarta-feira, 14 de setembro de 2005

Hoje não.

Opa, hoje não...
Qual o limite entre ser tudo e não ter nada?
Até quando é possível ocultar o que se é e o que se tenta parecer, para não precisar admitir o quanto somos fracos, vulneráveis e completamente normais?
Não, não muito tempo. E hoje é o dia. Sim, chega de fingir, mentir, esconder e agredir para proteger o seu segredo, que de segredo, há muito não tem nada.
Finalmente! Ela acordou e decidiu ser, buscar e agir, parou de existir e encenar e...Nossa! Quanto infinitivo. Isso me lembra uma música, dos tempos felizes dela: “Infinitivamente pessoal, eu querendo (...) aprender o total do querer que há e do que não há em mim”...E por falar em “tempos felizes”, quando foi mesmo que eles acabaram? Ah, por que ela se esforça tanto para não ouvir a resposta? A verdade é que eles nunca existiram...
Mas eu consigo sentir a mudança. Ela está dizendo alguma coisa, mas eu não consigo ouvi-la porque a música está muito alta. Infelizmente é o único jeito verdadeiro de falar sobre ela: estourando os meus tímpanos, pois se eu os desse a ela, acabaria ouvindo o que ela tem a dizer, e pior: acreditando.
Já chega de dar ouvidos ao que ela tem a dizer, já passou da hora de tirá-la do controle, pois ninguém é mais descontrolada do que ela, e, afinal de contas, eu precisava fazer alguma coisa, principalmente por mim.

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